sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Campanha da Fraternidade em 2016 foca em ações de saneamento básico no país


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No momento em que o País enfrenta uma epidemia de casos de zika -e o aumento do registro de crianças com microcefalia- a Campanha da Fraternidade de 2016 terá como foco a necessidade de saneamento básico para toda a população.
A iniciativa foi lançada ontem em parceria entre a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e o Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs). “A falta de saneamento básico mata. A nossa família comum está sofrendo e morrendo por causa das enfermidades transmitidas pelo mosquito”, disse Dom Sergio da Rocha, presidente da CNBB.
O esgoto a céu aberto, o lixo nas ruas e o armazenamento incorreto da água são apontados por especialistas como principais fatores para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya.
O ministro Gilberto Kassab (Cidades) reconheceu que o Brasil “ainda está aquém” da oferta adequada de saneamento básico. “Por mais que nos últimos anos tivemos melhorias, ainda deixamos a desejar”, disse o ministro, presente à cerimônia. Ele ponderou que, hoje, o combate ao mosquito é a “prioridade absoluta” do governo.
A mobilização nacional contra o mosquito, defendida pela presidente Dilma Rousseff, inclui a participação de entidades religiosas. “O contexto em que estamos vivendo mostra que falar e mobilizar para o saneamento básico se torna cada vez mais necessário e urgente”, disse Dom Flávio Irala, presidente do Conic.
Em mensagem encaminhada à campanha no Brasil, o papa Francisco defendeu o envolvimento de “governantes e toda a sociedade”. “Todos nós temos responsabilidades com nossa casa comum”, diz o texto. O lema da campanha deste ano é “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.
Dilma pede ajuda
A presidente Dilma Rousseff fez ontem um apelo a todas as igrejas cristãs para que mobilizem os fiéis no combate ao mosquito transmissor do vírus zika.
Dilma recebeu, no Palácio do Planalto, líderes de diferentes denominações religiosas para pedir que ajudem na orientação à sociedade sobre o trabalho para eliminar os criadouros do Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a febre chikungunya.
A presidente destacou que as lideranças religiosas possuem credibilidade para engajar os fiéis no combate ao inseto, evitando o acúmulo de água parada em casa. Segundo o governo, dois terços dos focos do mosquito estão localizados em residências.
Diante do aumento dos casos de microcefalia em bebês filhos de mulheres que contraíram o vírus zika, o debate sobre o aborto voltou à tona entre especialistas e religiosos. As lideranças das igrejas disseram que o tema não foi tratado na reunião com Dilma, mas concordaram com a urgência de se aprofundar no assunto. 

Site: O Povo Online

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