Nesta quarta-feira, 26, o detento Luís Miguel Militão Guerreiro desistiu de ingressar no curso de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), para o qual havia sido aprovado no último vestibular. Ele escreveu uma carta dirigida ao diretor do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), Celso Murilo Rebouças de Mendonça, solicitando que fosse encaminhado à 1ª Vara de Execuções Penais de Fortaleza o pedido de arquivamento do processo. Luís Miguel é mentor do crime que ficou popularmente conhecido como a “chacina dos portugueses”, ocorrido em 2001. Segundo ele, a desistência se deu pela repercussão que o pedido teve.
No último dia 20, o Ministério Público do Estado do Ceará havia recorrido da decisão do juiz Luiz Bessa Neto, que garantiu ao detento o direito de frequentar as aulas. A Justiça também havia determinado que ele fosse à Universidade escoltado por 10 policiais e um oficial durante todo o período letivo.
De acordo com o promotor de Justiça Sílvio Lúcio Conrado Correia Lima, além de ainda não ter cumprido 1/6 da pena, cujo total é de 150 anos, Luís Miguel tem mau comportamento dentro da prisão, incluindo casos de tráfico de drogas, posse de arma branca (cossoco), várias tentativas de fuga e ainda chefia de sequestros.
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