terça-feira, 28 de agosto de 2012

Juiz tem sua casa invadida e atira para proteger a família


Um homem invadiu, na noite de domingo, a residência do juiz da 5ª Vara da Infância e da Juventude, Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves, que respondeu ao ataque disparando tiros contra o invasor. O magistrado diz ter passado momentos de pânico, enquanto o homem desconhecido permanecia no quintal, de sua casa, tentando quebrar uma porta que dava acesso ao interior do imóvel.


Clístenes Gonçalves elogiou a rapidez da Polícia em atender à ocorrência e disse que tentou, de várias formas, dialogar com o invasor FOTO: NATINHO RODRIGUES
Segundo o magistrado, ainda não se sabe, ao certo, o que teria motivado o acusado a pular o muro. "Ele cortou mãos e pés nos ´pega-ladrão´ em cima do muro, quebrou os galhos de árvores e se mostrou bastante atordoado ao ser encontrado. A única coisa que disse foi que estava sendo perseguido por pessoas que queriam matá-lo, mas estava visivelmente sob efeito de algum entorpecente", afirmou.

Outra pessoa

A Polícia revela que, pouco tempo antes da invasão ao domicílio do juiz, o homem já havia sido visto em atitude suspeita, na companhia de outra pessoa, mas no momento em que percebeu que seria abordada, fugiu.

Uma das vizinhas disse que viu alguém armado nas redondezas. A descrição de todas as versões batia com o homem que foi capturado, moreno, forte, trajando camisa azul e bermuda branca. Na residência, ele subiu uma escada e tentava arrombar uma porta de ferro. Quebrou alguns vidros, mas não conseguiu abrí-la. Neste momento o caseiro do local, identificado como Paulo, fez alguns disparos com um revólver de calibre 38.

O juiz disse que tentou dialogar com o invasor e deu até a opção para que este saísse pelo portão da frente, mas não obteve sucesso na negociação. A esposa e três crianças filhas do magistrado ficaram trancadas no banheiro. A Polícia foi acionada para o local e fez a captura do homem ainda na escada que dava acesso à cozinha.

Depois de preso, o rapaz continuava preso atordoado e dizia coisas sem nexo.

A Polícia informou que, com o nome do acusado já havia uma ficha criminal por porte ilegal de arma e assalto. Ele seria foragido da Colônia Penal do Amanari (desativada por ordem da Justiça) onde deveria estar cumprindo pena em regime semiaberto. O acusado forneceu nome falso no plantão do 34º DP (Centro).

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