quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Efeitos da seca Produtores rurais apresentam manifesto


Agricultores querem liberar medida provisória para compra de milho nas regiões produtoras próximas

Produtores rurais cearenses reunidos, ontem, na Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec) lançaram manifesto contra a situação crítica instalada no Ceará, ocasionada pela seca. Eles protestaram também em razão do desabastecimento de milho que afeta todo o Estado.

O manifesto assinado pelos 17 presidentes de sindicatos rurais que representam alguns municípios cearenses denunciam a situação calamitosa pela qual passa a agropecuária no Ceará. Segundo relato, com a seca deixou-se de produzir mais de 90% da safra de milho. Com isso, o Estado passou a depender da oferta do produto para manter os rebanhos, comercializado através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Ausência

Outro ponto do documento refere-se ao desabastecimento dos postos de venda, movido pelo sistema de cotas homeopáticas implantadas pelo Ministério da Agricultura/Conab. Conforme o manifesto, essa postura demonstra a ausência de prioridade, por parte da União, às atividades econômicas dos produtores atingidos pela seca.

O manifesto também considera como descaso o fato de o Governo Federal não ter adotado posição com relação à transferência de estoques de milho em decorrência da impossibilidade de transporte. O documento revela que as regiões Norte e Nordeste já representam mais de 50% da produção de milho e de soja do País, mas, não há armazém de porte nas regiões produtoras da Bahia, Piauí e Maranhão, que podiam melhorar o abastecimento. O protesto é finalizado na forma de apelo ao Ministério Público Federal, como última instância para a adoção de medidas coercitivas que objetivem minimizar essa problemática. “Esse documento exprime a nossa revolta com a União, que não reconhece o NE como polo produtor”, disse Flávio Saboya, presidente da Faec.

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